6.2.09

As vezes me chamo certeza. De repente meu nome é socorro. 
De um lado a outro da moeda, minha estrada vai na cara e na coragem.
A coroa ficou no outro armário, aquele que por hora deixei pra traz. Ainda que fique dividida, a verdade é que tanto faz.
As dúvidas, as incertezas, a geladeira que eu abro pra pensar, vão sempre estar comigo, na minha mala, na minha alma, em qualquer lugar.
Vou escalando as palavras, tentando me libertar de uma liberdade já tão minha que me dá medo não ter mais como atracar.
Lá eu quero aqui, aqui eu quero lá, será essa sina a que eu vou carregar?
Esta e essa outra, a mania de rimar. Vou buscando um desafino mas toda letra cisma em combinar.
Quando fecho o olho, vejo um universo tão profundo e obscuro que dá medo mergulhar. Quando abro o olho vejo um mundo tão maluco, que não vejo porque não me jogar.
Não fazer sentido é o que mais sei, a coerência é que me desafia.
Será que dá tempo? Dá jeito? Dá futuro?
Se não der em nada, eu juro, sigo na estrada.
E quando me chamo certeza, certa de que vai dar tudo certo...lembro logo de ser socorro e já amarro um grito mudo.
Enfia a rima no saco, engole o verso, leve a vida.
Vá ganhar algum dinheiro que poesia não enche barriga.
Minha alegria, ainda que simples, custa caro. Na incoerência da minha jornada carteira vazia ocupa tanto espaço que não sobra inspiração, não sobra sorriso, falta (col-)chão!

Portanto, 

Sat Nam ;)

...é o melhor que posso ser...

Um comentário:

Bruno Bueno disse...

Lindo isso!