21.11.06

...

O avião pousou, atrasado. Eles a esperavam lá fora. Ela fez tudo bem rápido, pra logo poder sair. Entre abraços e sorrisos, palavras que ela não lembra, alguma palavra faltou. Algum abraço fracassou. Alguém emudeceu.
Culpa dela. Sempre ela. Tola. Arrogante. Confusa e na defensiva. Desceu de um jeito quadradao, pra se enquandrar tem que fazer baliza.
Fácil, bem fácil seria. Se não fosse tão difícil.
É irreal, é ilusão. Não é poesia, é piração.
Cansada de ser assim. Ela está. Não sabe por onde, mas começa a mudar.

15.11.06

Porque viver é bom demais...

Eu vou, eu volto. Nunca sei se vou ou se fico. Também não vivo de certezas, me alimento de dúvidas, descobertas, experiências. Ousar é o que me dá graça...de graça!

Um dia na vida vale. Horas sonhando acorada, outras ensimesmada, em vão tentanto dormir, chorando pra depois sorrir.

Viva viva VIDA minha. Que de você não sei sair. Eu quero eu faço eu vou. Daquele jeito que inventei ou reli...do jeito de alguém. Do meu jeito também.

Que lugar é o meu? Que lugar não é meu? Eu sou do todo, sou do mundo, sou de todo mundo e do mundo todo.

Meu passaporte é verde, em vias de avermelhar. Com qualquer cor que eu queira, faço daqui ou dali meu hangar.

Conhecer gente, conquistar amigos, envolver-se, absorver...deixar-se ser construída. Despedaçar o coração em cada despedida.

No meio da noite eu acordo com medo. De manhã eu tenho preguiça. A tarde, vontade de comer doce. A noite sair pra dançar.

Onde estão os olhos mais lindos, que um dia eu vi passar. Olhei de relance um sorriso, combinando com seu tenis velho...cabelo comprido. Desatino cumprido. Hahahahaha.

Começar, continuar...terminar? Pra que? Cria um jeito de permanecer. Muda a roupa, muda a ginga, muda o jeito, muda o tom. Gentileza sempre acerta, fica aqui...por favor!

Quem vai sou eu. Eu é que não sei ficar. Ainda não aprendi, eu que escolhi. Vou nadando sem parar.

Desculpa se eu choro, se parece ser sua culpa. De vez em quando eu fico assim. Eu sei que é opção, mas escondo até de mim.

Aí quando falta dois dias e o frio na barriga me gela a nuca, eu abro um sorriso sacana, cheio de fé, cheio de gana. Fecho a mala, desfaço a cama, respiro fundo tentando um tchau.

E quando eu sento naquela poltrona, quando eu olho daquela janela...eu só penso nela...vidaaaaaaaaaaaa! Ela tá sempre comigo. Me faz ir, me faz voltar. Me faz sentir mais uma vez, que ainda não vou pra ficar.

Perdi o nexo dos consensos. Perdi o senso do real. Tudo é ilusão. Passagem. Caminho. Mão.

Fico na estrada, pedindo carona, carinho. Só que agora eu desvendei o mistério, aquele me insandecia: viver é pegar na mão o vôo da borboleta. É jogar pro ar 700 kg de culpa. Tatuar o sorriso na carne. Encorporar o pensamento positivo e escolher.

Ser ou não ser?

Qual é a questão???????????????????????

Apaga a luz. Desliga a mente. Confia no coração!

14.11.06

Prometo!

Prometo, prometo, prometo. Não sei bem o que, mas prometo que vou prometer.
Se vou cumprir já não sei, aí já é querer demais. Mas que vou prometer eu vou, juro que prometo tudo:
Que nesse blog eu vou ser anônima, não vou contar pra ninguém quem eu sou. Que vou escrever com calma, rever meus textos mil vezes e não ter preguiça de corrigir os erros de português e/ou de digitação.
Paaaaaaaaaai, prometo que não vou ficar abreviando, nem usando minhas palavras inventadas. Prometo até que vou procurar uma métrica, seguir um estilo certo, influenciar-me apenas pelos melhores, mais clássico, mais líricos.
Prometo também que vou ler mais. Vou escrever todo dia e vou usar mais o futuro-sei-lá-o-quê e assim não prometo que vou, mas sim que irei!
Prometo acentuar todas as palavras, até as crases e as tremas. Prometo não exagerar nos pontos, não engolir as vírgulas e não abusar dos traços - nem dos parênteses.
Ahhhhhhhhh, prometo não ficar repetindo as letras, quando eu quiser enfatizar. Nem ficar usando palavras de outras línguas, i mean, só pra exemplificar.
Por fim, prometo não me alongar (prolixa), nem me encurtar por preguiça. Não usar línguegem internáutica e muito menos "h" ao invés de agudo, neh!
Por fim parte 2 - a revanche - prometo não ficar mudando de idéia no meio dos textos ou de opinião de um texto pra outro.
Se bem que, quer saber, eu prometo é que não vou prometer. Afinal, promessa é divida e eu, escritora wanna be, de dívida tô até o topo.
Escrevi, não reli e publiquei aqui!