24.10.09

Fim de festa é sempre assim. A noite nunca tem fim e porque que a gente é assim. De volta da nossa festa de formatura. Canudo na mão. Mestrandas em Queimção de Largada - com ênfase em Queimação de Filme. Módulo 2: Há um segundo tudo estava em paz. Um verdadeiro workshop ministrado pelas próprias oradoras da turma. E depois não diga que eu não avisei. Era pra ser uma brejinha só, cacete. O que foi que aconteceu? Quem sabe sabe, quem bebeu bebeu. Da água que passarinho passa longe. Escreveu não leu ficou lelé. Já é. Pasalix. Tenta, rebuxca, faz com força pra achar aquela linha tênue que separou e cê não parou. Caralho! Há um segundo tudo estava em paz e a bolsa cadê? Cadê o que? O pedaço que cola e explica. Mas e dae? Hoje é sexta for god'sake.

E hoje é sábado. Ufa!

Sem Sat Nam ;)

17.10.09

...

É uma linha tênue. A que separa um segundo do outro. O que estava e o que acaba de acontecer. O dia amanhece novo. Frio na barriga. Novidade demais cansa. Hoje vou fazer poesia. Mesmo que não rime, que não saia, que não seja. Uma confiança inédita. Uma antiga vista de um novo ponto. Em revelar-se reside a beleza do encontro. De almas que procuram sorrisos. Escancaram medos. Bebem pra esquecer. E ser. No erro mora o acerto desaertado, torto e cheio de vontade de ser aceito. Acerto? Do que? De contas que jamais serão expressões, a não ser do que tentam esconder. Que seja. Que veja. Que venha. Sem senha. E que tenha coragem, disposição. Que tenha um milhão de gotas indivísiveis para dizer que isso que agora sufoca, menos hora se desprende. Entuba. Na crista da onda que a gente dropa, administra e insiste. Num carinho desconfiado. A surpresa daqulio que chega e nunca se sabe. Arrisca. O que os frascos não revelam, fragrâncias sensíveis que a alma tem sutileza ao desvendar. Devanear. Devagar. Instantes de momentos de pessoas de histórias de querer e de não querer sofrer. Instantes de uma vida toda de histórias de pessoas inteiras ou pela metade e ainda ali, aqui, por perto, ao redor. Ao lado quando sim e quando não.

É uma linha tênue a que separa.

Sat Nam ;)

6.10.09

In English

A verdade é que tenho medo pra caralho de escrever em Inglês. Ok, Sorry About That. Meu blog novo, versão in English. Tecla sap. No subtitles. Mas na hora de ir lá...acabo vindo aqui.

Ando conhecendo uma gente nova. Uma gente que não faz idéia de quem eu sou basead0 em de onde eu vim. Uma gente pra quem ser Brasileira não acessa grandes padrões reais, senão apenas alguns 'arquétipos' fajutos dos quais minhas não-idas a academia me eximem.

Paulista. Do interior. Campineira. Do Cambuí. Nada disso faz sentido pra essa gente nova e numa dessa encontro a velha Paula, mais ela do que nunca.

Na tricotagem de encontrar gente que veste a carapuça de uma outra cultura, um labirinto de possibilidades se abre e eu me encolho: não sei se quero me desvendar.

Tirar do bolso todas as minhas fragilidades em Português bem delineado. Demonstrá-las mais ainda num Inglês singelo onde a quantidade de palavras razoavelmente administradas não corresponde a altura e a velocidade dos pensamentos, das lágrimas e sorrisos dos neurônios latinos.

Não sei , não sei. Deveras. Deveria. Seria de fato aceita. Mas não quero. Se posso ser eu mesma com mistério, metáforas a parte, eu quero.

Não gostaria de tirar a graça de todo esse breu que envolve esses encontros novos. Desprovidos daquele julgamento batido. Estampado. Natural. O que foi? O que será? Pouco importa, se é.

Análises que surgem de outras formas de absorver o mundo. Privilégio.

Entre olhares Brasucas, criados sob mesmo censo que eu, um senso mais próximo do meu, é interessante deslizar entre quem sabe de que camada social faço parte e tudo o que isso significa e quem está aprendendo há pouco sobre ser e conviver em camadas sociais e o que tudo isso não significa.

Acho que vou desmantelar o padrão. Be quiet. Shut up. Private entry only.

Sat Nam ;)