Não sei se foi o frio profundo ou a profundidade intangível dos meus pensamentos, sei que de repente comecei a sentir o tempo passar. De verdade.
A vida é muito curta. Não, não o clichê, a realidade, a vida é mesmo muito curta e o tempo passa mesmo muito rápido.
De repente me deu um frio na barriga dos pés a cabeca. Eu vou morrer. Um dia eu vou morrer. E aí tudo vai acabar pra mim. Simplesmente não vou mais existir. Puf. Sumi.
Cadê eu nesse dia? Onde eu vou parar? Sera que morrer é desaparecer? Desintegrar? Des-existir?
Ok, tem o céu, o paraíso, os anjinhos, o purgatório. O inferno. Mas vamos lá, realisticamente falando qual a chance disso tudo realmente exitir? (As mesmas do céu ser open bar!) Quais as possibilidades de alguma parte de mim continuar? Qual parte de mim - se é que - vai pro outro lado de lá?
Não sei porque esta merda de constatacão veio parar assim na minha cara, no meio de uma terca-feira fria, no caminho da aula.
Só sei que eu vou morrer, num dia longínquo espero, e o simples fato de ter que conviver com esta certeza já seria suficiente pra fazer de mim uma louca.
A aula comeca. Esqueco que vou morrer, volto pro clima da vida. Estudar, trabalhar, ganhar dinheiro. Há de se viver!
Afinal, morrer é eterno, viver é que é passageiro.
Daqui a pouco a professora volta os olhos pro o relógio e eu sem perceber acompanho o movimento. Para meu des- ou com-tentamento os ponteiros estão ali, no seu climinha básico, na hora certa, no tic-tac impassível.
O tempo passa. Vou morrer um dia. Você também.
Só nos resta ultrapassar o entendimento.
Sat Nam ;)
Acho uma pena se a gente realmente acabar no fim e levar junto tudo o que aprendeu. Se pudesse fazia backup do tanto que aprendo e deixava pra alguém.
Em toda lápide deveria estar escrito: aqui jaz um aprendizado diferente do seu!
Eu adoraria receber de heranca uma colecao de ensinamentos.
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