29.5.07

Ernestamente

Ando escrevendo bem menos do que gostaria. Essa coisa de trabalhar que nem louca e ter que ganhar $$$ me tira o sono e me enche o saco.
Não que eu seja materialista, que isso eu não sou, porém...sou muito desejosa, queredora, viajenta e afins e para essas peculiaridades é preciso gastar também. Tããão beeeem!
Esse mundo que me encanta é o mesmo que me pressiona e, desde cedo, me ensina que de suas contradições, contrastes e discrepâncias é que nascem os indivíduos em suas particularidades: únicos e originais.
...
Sempre escrevi sobre gente, embora nunca tenha sido lá muito boa em inventar. Descrevo, Relato, deduro. A figurinista das palavras, maquiadora do subentendido, cenógrafa do contexto e roteirista de vidas realmente reais, nunca soube criar alguém.
Rebuscar, emperequetar, ressaltar, disfarçar...isso sim, contudo, encontrar no turbulento espetáculo de minha mente um ser nascido dali (Dalí!!!!), disso ainda não fui capaz.
A não ser pelo Ernesto, um peixinho furtacor que nada tranquilamente em meus pensamentos quando por ali...nada. Some a inspiração, aparece o Ernestão e seu glub-glub sem sal.
Nessas horas em que as bolhinhas de sua respiração quase me matam de tédio vou cavucando o passado entre minhas gavetas e recordações, fotos e lembranças vivas. Delícia, saudade!
Neste áquario multicolorido, logo me transporto ao futuro, boiando de medo e coragem do que foi e o que virá por aqui.

Caaaaaalma! Respiraaaaaaaa...

Melhor tomar um pasalix (double drop, por favor) e meditar antes dormir. Nessas horas o Ernesto descansa, a noite tá escura lá fora, o silêncio impera e apenas eu permaneço insone. Insana.
De madrugada os pensamentos criam garras, olhos vermelhos e uma boca enooooorme, que é para me perturbar melhooooooor!
Socorro Ernesto, acorda. Acoooooooordaaaaaaaaaaaa.
- Porra Paula, que foi? (tecla sap do Glub-anês). Já não falei pra parar de ficar pensando durante a noite. Basta eu dormir e lá vai você. Mais prudente analisar-se pela manhã, quando o sol esquenta, o canto do Bem-te-vi alenta e a barriga tá cheia, inundando a vida de possibilidades!!!
Ai Ernesto, só você mesmo! Que bom seria se eu não caísse mais em minhas próprias armadilhas. Me cobrasse menos. Relaxasse mais...
- Feche os olhos querida. Conte cavalos-marinhos e deixe que o Ernestinho aqui faz Glub- Glub pra você dormir!
Obrigada por existir, Ernesto!
- Glub glub glub (traduzindo: estarei sempre aqui!)
Nada, Ernesto...nada...nada que eu quero adormecer o sono de quem batalha.

SAT NAM ;)

Um comentário:

nathália vitachi disse...

Tá inspirada que só ela!

Brilha!!!