20.10.08

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Ha dois meses e meio atras, quando dei tchau pra minha familia e entrei pelo portao de embarque com os olhos enxarcados e uma pergunta entalada na garganta nao imaginava nem de longe que aquelas eram apenas as primeiras lagrimas das infinitas que eu ia derramar no percurso e que a pergunta continuaria ali, nao apenas entalada na garganta, mas espalhada por todo meu corpo.

Se eu pudesse escolher entre ser uma pergunta ou uma resposta, eu jamais responderia. Respostas ou sao obivias ou sujeitas a interpretacoes. Perguntas sao sinceras, com seus pontos de interrogacao. Causam sintomas como angustia, medo e ansiendade, embora gerem auto-conhecimento, reflexoes e descobertas irresistiveis.

Se eu fosse do time das respostas, me apaixonaria por uma pergunta, sem camisa, interessante, alternativa e misteriosa. Respostas usam oculos e se acham as donas da verdade, perguntas sao assumidamente de reputacao duvidosa e desafiadora.

Se o mundo for divido entre pessoas respostas e pessoas perguntas, eu definitivamente sou do segundo grupo. Entalada na garganta ou espalhada pelo corpo, eh na alma que eu sinto essa interrogacao que me move e comove em existencia.

As lagrimas continuam escorrendo, o tempo nao para de passar. As perguntas seguem nao respondidas e as respostas teimam em querer rotular. O sentido? Eh sentido a cada dia. Intensamente e com coragem, por esse novo caminho que decido assumir.

E assumo contar aqui, ainda que com um certo atraso, das perguntas e respostas que o sentido deste novo dia-a-dia versao tacla sap me promove.

Let it be.

Sat Nam ;)

Um comentário:

Anônimo disse...

Mais pontos, frases mais curtas.Like Clarice!Daddy