Era tarde quando ela se deu conta. Talvez não fosse lá tão tarde assim. Contudo, a escolha estava feita, havia de protegê-la. Não a si, mas a escolha.
Decisão tomada é assunto encerrado. Nem tanto. Nem sempre. Nem é. Decisão tomada e a cabeça não pára de girar.
Diante de toda situação, escreveu os prós e os contras num papel. Ponderou. Colocou na balança do presente, do passado, do futuro. Tirou a média aritimética virtual e tomou uma posição. Defendeu-a perante as outras partes, com seus argunmentos bem delineados e cheios de sentido. Falou e disse. Ponto.
Pronto.
Quem dera.
Dormiu mal. Acordou pior. Por que é que tinha mesmo escolhido daquele jeito. Ah sim, ainda lhe parecia uma decisão bastante razoável. Bastante racional. Bastante madura. Uma decisão bem acertada.
O que ficou desacertado foi alguma coisa ali, naquele ponto em que a intuição faz as pazes com a ansiedade e uma mão segura a outra pra não parecer que está sozinha. Alguma coisa ficou engasgada entre o que pensou e o que sentiu ou entre o que quer e o que decidiu.
A decisão está tomada. Voltar atrás é sempre uma opção. Mas há de protegê-la, não apenas a escolha, mas principalmente a decisão.
Sat Nam ;)
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