Adia...me dizem os dias. Num imperativo seco e suave ao mesmo tempo. Adia tuas expectativas, tua pressa, tuas (in)decisões. Adia tua necessidade de já, agora imediatamente.
Há dias que venho entrando e saindo das horas e dos metrôs com essa sensação adiada que emite enzimas nas entranhas do organismo e do corpo etéreo.
Uma sensação de sem lugar. E a cabeça que não pára, não pára, não pára de pensar. Cobrar. Analisar. Questionar. Divagar. Nada devagar.
Adia cabeça...digo para essa coisa borbulhante que me ocupa por inteiro, desde de dentro das mitocôndrias mais remotas, respirando meus micro pensamentos a 20 milhões de rotações por segundo.
Adia cabeça...peço encarecidamente para a chaleira esfumançante que pesa sobre meus ombros descultivando toda a não cobrança tão árduamente conquistada nas práticas de yoga.
Adia cabeça...choro baixinho, procurando um canto silencioso no meio de tantas perguntas, análises e conclusões precipitadas.
Adia cabeça. Há dias que os dias vem dizendo que há dias em que é melhor adiar. Tirar a panela do fogo, esperar a fervura baixar e quando as borbulhas diminuírem e tiverem se tornado uma água mais morna então será hora de não mais adiar.
Há dias...
Sat Nam ;)
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