A vida é muito boa para ser sempre saudade. Saudade de vez em quando é bom. Saudade todo dia dói, machuca, esfola, arranha. Desgasta, deturpa...transmuta, transfere.
A distância do espaço é transponível de avião, de férias. Embratel e dábliu-dábliu-dáblius são agentes que amenizam. Mas quando a noite cai, o vazio completa, atinge em cheio. Falta. Corrói.
A distância do tempo é mais abstrata, delineada pelo futuro de um pretérito que ninguém pode dizer se será mais que perfeito.
E se for pra ser?
Um dia é data que calendário nenhum consegue alcançar. Um dia é plano incerto, lotado de expectativas, esperanças, comodismo e pitadas de covardia.
Será que este dia será feriado? Desfile em carro aberto, banda e fogos, todo mundo comemorando sua chegada, já que o caminho foi tão oblíquo, obtuso, obturado.
A estrada para "um dia" é margeada pela paisagem do que poderia ter sido, do que acontece em vão, do que era pra não ser. No caminho para "um dia" são muitos os pedágios que se paga para "e se?".
As placas não apontam, confundem. Exibem dúvidas intermináveis, entradas sem saídas, retornos para lugar algum.
Depois de muito andar, correr, procurar, " uma dia" não chega, porque "um dia" já passou.
E se fosse agora?
SAT NAM ;)
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