20.6.07

Ernesto foi só!

Ele foi e eu fiquei. Não precisei dizer nada. Quando Ernesto viu o brilho dos meus olhos semi-lacrimejantes observando orgulhosa e grata aquelas onze mil pessoas que, literalmente, levantavam poeira, ele soube que eu não iria. Eu também tive certeza de que ficaria.
Naquela hora, uma daquelas em que tudo faz sentido, meus chacras fizeram sinapse, meus neurônios entraram em alimento e minhas costas, doloridas das 22 horas andando pra lá e pra cá, rebuscaram a última força pra manterem postura.
Quando sutil vem ao nível da percepção e tudo parece surreal, emana a realizão e o mundo dá sinal. De que o meio termo é pouco, um pouco pode não é suficiente e em cima do muro é perigoso demais pra se viver.
Nessa hora em que a pessoa sente que tomou uma decisão pra si, embora não simplesmente por si, senão pelo todo, o coração encaixa no peito, o nó desfaz na garganta e a alma derrama o que já sabia, mas não podia revelar. Que a alma sempre sabe das coisas antes. Como a mensageira que vai abrindo caminhos.

E então, quando dei por mim, Ernesto havia partido. Meu aquário mental estava vazio, no cantinho apenas sua conchinha de pelúcia e um bilhete que dizia: há mil oceanos para me perder e só sua mente louca pra eu me encontrar. Nos vemos around the world ou quando sua inspiração falhar!

Tchau Ernesto, vai com fé...que nem precisa dar pé!

SAT NAM ;)

2 comentários:

Bruno Simioni disse...

Perco o amigo, mas não perco a rave.

Hehehehe...

Anônimo disse...

Sim, provavelmente por isso e