O que me assemelha na tela do computador refletida é o branco do olho em que alma se esconde da pupila que revela. Um qualquer misterio ocluso em que raça, cor e credo nada pouco ou nada contam a tirar disso um preconceito justificado.
Bolas por toda a parte. Bolas. Oras bolas, porque? Bolinhas, bolões...não bastasse o pesadelo da gente que se atropela durante a correria dos dias inúteis, os verdadeiro dias úteis, os quatro ou cinco em que há, verdadeiramente sol essas bolas a nos atormentar.
Todo ano me asrrebata este mesmo fascínio pela mudança das estaões. O sol brilha, as flores nascem, é permitido ser feliz. Não se pode ficar na cama, dentro de casa, o céu azul é um chamado insistente, um apelo indiscreto para tirar o atraso, o mofo, a disposição do fundo da gaveta.
Sacode a poeira dos patins, guarde os casacos de pena de ganso debaixo da cama. Vista um par de gafas de sol, pegue sua canga e se depare com a quela parte de você que parecia se esconder debaixo da camada adiposa branquela causada pela dose diária de kit kats, kinder buenos e afins.
Parque, amiga. No singular já basta, no plural é bom também. Botella de vino, taça de vidro. O dia só acaba as 8 da noite e essa gente não tem fim.
Embora, bolas, elas estejam por toda a parte, é tão prazeroso o anonimato, a fantasia de observador, o absorver de ser autor. Narrar, descrever, quase infirngir direitos, transpor limites de privacidade com a imaginação boladora que não tem a menor compostura, ora bolas.
Bolas? Pra que as quero?
Daria umas bolas num baseado, se me piacerebe, daria bola pra uma gato, se fosse o caso. Mas bolar um desenrolar de enredo desconexo num encaixar palavreado é que me encanta, ora bolas.
Bolas...
Sat Nam ;)
3 comentários:
adorei a parte da dose diaria de kit kats e afins...
E que venha mais uma primavera :D
beijos
Imbola vô imbolá
Eu quero ver rebola bola
Você diz que dá na bola
Na bola você não dá
Quando eu nasci era um dia amarelo
Já fui pedindo chinelo
Rede café caramelo
O meu pai cuspiu farelo
Minha mãe quis enjoar
Meu pai falou mais um bezerro desmamido
Meu deus que será bandido
Soldado doido varrido
Milionário desvalido
Padre ou cantor popular
Nem frank zappa nem jackson do pandeiro
Lobo bom e mau cordeiro
Mais metade que inteiro
Me chamei zeca baleiro
Pra melhor me apresentar
Nasci danado pra prender vida com clips
Ver a lua além do eclipse
Já passei por bad trips
Mas agora o que eu quero
É o escuro afugentar
Faz uma cara que se deu essa empreitada
Hoje a vida é embolada
Bola pra arquibancada
Rebolei bolei e nada
Da vida desimbolá
Imbola vô imbolá
Eu quero ver rebola bola
Você diz que dá na bola
Na bola você não dá
Vô imbolá minha farra
Minha guitarra meu riff
Bob dylan banda de pife
Luiz gonzaga jimmy cliff
Poesia não tem dono
Alegria não tem grife
Quando eu tiver cacife
Vou-me embora pro recife
Que lá tem um sol maneiro
Foi falando brasileiro
Que aprendi a imbolá
Eu vou pra lua
Eu vou pegar um aeroplano
Eu vou pra lua
Saturno marte urano
Eu vou pra lua
Lá tem mais calor humano
Eu vou pra lua
Que o cinema americano
Imbola vô imbolá
Eu quero ver rebola bola
Você diz que dá na bola
Na bola você não dá
Eu vou, eu vou vender a minha van
Eu vou, eu vou vender a minha van
Eu vou, eu vou vender a minha, vender a minha van, minha vã filosofia.
beijokas
MariMari
Postar um comentário