26.4.09

Plenitude

Há domingos na vida em que tudo se encaixa. As flores vão crescendo no jardim enquanto um sentimento de conforto mantém o coração quentinho.
As lágrimas correm pela bochecha, mas tem que desviar do sorriso. Lembranças fundamentais. A base que constrói, ampara e apóia, com gestos, olhares, palavras, mas principalmente, silêncio. As lágrimas e o sorriso e o sol que brilha lá fora são ainda pouco pra expressar tanta gratidão.
Coisas simples da vida. As mais importantes. Crianças. A simples vontade delas. Mesa farta, família reunida. Amor. O desejo, o sonho, o futuro. Tão menos complicado do que parecia e ainda muito mais incontrolável do que conseguir o sucesso.
Estar só e completamente plena. Na companhia das memórias, no fio inquebrável e sutil da energia da união essencial. O significado da salada que alguém deixou na geladeria, da hortinha feita com tanto carinho, do cuidado com a janela, as travas e a liberdade oferecida em abraços, momentos, dúvidas e confiança.
É impressionante como noites de sábado bem aproveitadas entre a leitura de um livro companheiro e a certeza de tantas parceirias pode transformar um domingo silencioso, numa verdadeira declaração da vida.

Sat Nam ;)

Um comentário:

cocacolaecafe disse...

E segundas...me encaixo no seu texto!

um beijo e mais domingos.